Riscos do corante tartrazina em alimentos e medicamentos

O corante tartrazina tem seu uso autorizado para remédios e alimentos como balas, caramelos e similares, de grande consumo pela faixa infantil.  

Entretanto, o consumo do corante tartrazina pode provocar reações adversas em pessoas sensíveis, não tendo sido estas reações comprovadas dentro de uma relação de causa e efeito.
Com o objetivo de proteger a saúde da população, adotando medidas para prevenir riscos associados ao consumo de alimentos que contenham o aditivo INS 102, corante tartazina, a ANVISA obriga as empresas fabricantes de alimentos que contenham na sua composição o corante, a declarar na rotulagem, especificamente, na lista de ingredientes, o nome do corante por extenso.

Os medicamentos que possuem o corante Tartrazina em sua formulação, também deverão conter na bula a advertência: "Este produto contém o corante amarelo de Tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais, asma brônquica e urticária, em pessoas suscetíveis", conforme Resolução nº 572. 

Estudos realizados nos Estados Unidos e Europa desde a década de 70 comprovam casos de reações alérgicas ao corante, como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de cabeça.

Apesar da baixa incidência de sensibilidade à Tartrazina na população (3,8% nos Estados Unidos), é importante informar a presença da substância, pois as reações alérgicas podem ser confundidas com efeitos colaterais ao princípio ativo do medicamento.

Além disso, a literatura científica atesta que de 13% a 22% das pessoas que apresentam alergia a aspirina também manifestam as mesmas reações quando ingerem a Tartrazina.

Na Inglaterra e nos Estados Unidos, o mesmo tipo de alerta determinado pela Anvisa já existe nos medicamentos com o corante amarelo. No Brasil, a Tartrazina é encontrada, principalmente, em antidepressivos. Os fabricantes de medicamentos que contêm a substância têm 30 dias para se adequarem à legislação. Em caso de descumprimento, as empresas poderão receber notificação e multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Os médicos e nutricionistas devem orientar as pessoas sensíveis, para que observem na lista de ingredientes dos produtos que irão utilizar, se o corante foi usado na composição, de modo a evitar seu consumo e possíveis riscos à saúde.

Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação do Saúde em Movimento com informações do Conselho Federal de Nutricionistas.

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